1973. O assunto mais discutido entre a gurizada da 6ª série D do Ginásio Estadual da Ponte Grande girava em torno de um novo programa que a Rede Globo havia colocado no ar: Fantástico, O Show da Vida. “É fantástico, da idade da pedra, ao homem de plástico, o show da vida...”. Foi esse pequeno trecho da abertura do programa que o Guito ouviu, por intermédio de uma funcionária da escola, no momento em que ele passou em frente à secretaria. Escutou e a mente marcou aquela melodia gostosa, alegre, que entra nas pessoas como se fosse uma doença contagiosa.
Coincidência ou não, um grupo de alunos, apresentou um seminário naquele mesmo dia e recorreu várias vezes a reportagens apresentadas no programa, pois elas de uma forma ou de outra tocavam no tema que eles haviam pesquisado.
Ao final dos trabalhos, o grupo que recorrera às ilustrações, tomando por referência as cenas exibidas no programa da Globo, saiu-se melhor do que os demais e, para o coroação final, ainda mereceu vários elogios da professora.
Estaria ali uma indicação para que os alunos fossem mais seletos quanto ao que deveriam ver na televisão? Ora, qualquer pessoa com o mínimo de bom senso teria deduzido tal coisa.
Ah, velha mestra! Passou o tempo em que a televisão apresentava algo tão fantástico que até poderia servir como fonte de inspiração para jovens adolescentes e merecesse rasgados elogios de um professor.
O Guito, no momento, não é mais adolescente e, se fosse, não estudaria no velho Ginásio Estadual da Ponte Grande – a instituição tem outra denominação – não dispõe mais de uma tevê com antena convencional, agora é por assinatura, porém, há dias que se cansa à procura de algo que lhe preencha o vazio de um telespectador insatisfeito. Procura em vão.
Ai que saudades da tevê de outrora!
Tudo era tão ingênuo, tão natural, tão gostoso, tão fantástico!!
O consolo que nos resta é que “O show da vida continua”.
Ao final dos trabalhos, o grupo que recorrera às ilustrações, tomando por referência as cenas exibidas no programa da Globo, saiu-se melhor do que os demais e, para o coroação final, ainda mereceu vários elogios da professora.
Estaria ali uma indicação para que os alunos fossem mais seletos quanto ao que deveriam ver na televisão? Ora, qualquer pessoa com o mínimo de bom senso teria deduzido tal coisa.
Ah, velha mestra! Passou o tempo em que a televisão apresentava algo tão fantástico que até poderia servir como fonte de inspiração para jovens adolescentes e merecesse rasgados elogios de um professor.
O Guito, no momento, não é mais adolescente e, se fosse, não estudaria no velho Ginásio Estadual da Ponte Grande – a instituição tem outra denominação – não dispõe mais de uma tevê com antena convencional, agora é por assinatura, porém, há dias que se cansa à procura de algo que lhe preencha o vazio de um telespectador insatisfeito. Procura em vão.
Ai que saudades da tevê de outrora!
Tudo era tão ingênuo, tão natural, tão gostoso, tão fantástico!!
O consolo que nos resta é que “O show da vida continua”.
Shou de bola, Gilberto, esse conto cujo título é
ResponderExcluir"Fantástico". Acho que vc tem razão. A Tv aberta de hoje não é a mesma de antigamente. Além do mais, serviu-me para matar saudades daquele tempo.
Abraços.
Teve ter sido uma homenagem para você ter presenciado este acontecimento, pois como você falou serviu até de fontes para os alunos já hoje em dia é raro programas desse tipo... mas ficou muito legal o conto!!!
ResponderExcluirOi, Carlinha
ResponderExcluirMuito obrigado pelos comentários postados. Espero que você continue sendo minha leitora. A cada domingo haverá um conto novo. O seu comentário é importante porque me serve de estímulo.
Sinceros abraços!
Fábio Jr
ResponderExcluirÉ uma grata surpresa tê-lo como leitor e comentarista de meus contos. Digo surpresa porque sempre soube que vc gosta muito de assuntos relacionados à Administração de Empresas. Continue vendo meu blog. A literatura cai bem em todas as áreas.
Abraços.